Tecnomelody Brasil vai à luta

Depois de sofrer preconceito e ser taxado como brega, em seu sentido mais pejorativo, o tecnomelody, mistura de sons eletrônicos, conquistou o Brasil. Ou está muito perto disso. Por meio da Lei nº 7.499, de autoria do deputado estadual Carlos Bordalo e já aprovada por unanimidade no dia 13 de março deste ano, o tecnomelody, as guitarradas e as aparelhagens foram declaradas como Patrimônio Cultural e Artístico do Pará. E agora, outro projeto em tramitação da Câmara Federal, articula a declação do ritmo paraense como Patrimônio Cultural Brasileiro. Porém, o governador do Estado, Simão Jatene, vetou o projeto de lei, que ganha novo capítulo: a luta contra o veto, o que ocorrerá nas próximas semanas, no plenário da Assembleia Legislativa do Pará, como garante o autor do projeto. Mesmo assim, membros do movimento pelo tecnomelody continuam firmes e fortes, e apresentam neste sábado (16), um megashow na Metrópole City Hall, com a participação de nomes de peso do tecno, das guitarras e das aparelhages. Tudo a partir das oito da noite.

O veto do governador, publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) de ontem (15), surpreendeu a produtora Meg Martins, que, assim como os artistas e o próprio autor da lei, deputado Carlos Bordalo, acham que tudo será resolvido. 'Acho que o governador está mal assessorado, já que pode ter predominado uma versão elitista de cultura. A luta não terminou. Pelo contrário, ganha ainda mais força. O veto será votado na Assembleia Legislativa e nós vamos ver o que vai acontecer', ponderou Bordalo. Magazine tentou ouvir do governador os motivos que o levaram ao veto. Contudo, de acordo com o Secretário de Comunicação, Ney Messias, Simão Jatene está fora de Belém e não poderia se pronunciar.

'Finalmente o tecnomelody sai da da linha do preconceito e entra na história como patrimônio cultural e artístico do Pará. As aparelhagens e a guitarradas também. Isso é uma glória', comemora Meg Martins, produtora cultural e uma das maiores difusoras do tecnomelody Brasil afora.